Depois da Greve Global pelo Clima, o que fazer?

Listamos cinco dicas de atitudes que estão ao nosso alcance, e que contribuem para diminuir a poluição e o aquecimento global.


Do Idec | De São Paulo (SP)

Enfrentar a poluição ambiental e o aquecimento global são um dos maiores desafios atuais quando falamos em consumo responsável.

Afinal, essas mudanças climáticas são consequência dos atuais padrões de produção e consumo e da intensa emissão de gases gerados por uma série de processos, como a queima de combustíveis fósseis e a produção agropecuária, que aceleram o efeito estufa, causando enorme prejuízo ao meio ambiente e afetando a qualidade de vida de bilhões de pessoas.

Em meio a essa crise, surgiu o movimento Greve Global pelo Clima, ocorrido entre os dias 20 e 27 de setembro em várias regiões do país e pelo mundo, para exigir que os governantes tomem ações concretas imediatas para lidar com as mudanças climáticas.

No Brasil, a mobilização serviu também como resposta às nocivas práticas ambientais, permissivas da degradação do meio ambiente, da Amazônia e povos indígenas.

Além de cobrar governantes e pressionar empresas a adotarem políticas socioambientais responsáveis, saiba que você também pode contribuir no combate às mudanças climáticas revendo alguns hábitos de consumo que podem ser facilmente aplicados no seu dia a dia.

Para inspirá-lo, [o Idec, Instituto de Defesa do Consumidor, organização não governamental] listou 5 atitudes sustentáveis que, de quebra, também contribuem para o seu bem-estar, sua saúde e para o seu bolso. Confira:

1 – Reduza a geração de resíduos
Comece adotando a coleta seletiva (separar lixo reciclável do lixo orgânico), que contribui para a preservação do meio ambiente e para práticas cotidianas mais sustentáveis. Já em casa, você pode criar alternativas eficazes para diminuir a geração de resíduos, como comprar produtos duráveis e resistentes e consertá-los em vez de descartá-los. Sobre embalagens, procure pelas reutilizáveis ou recicláveis e escolha produtos de empresas que desenvolvem programas socioambientais ou que sejam responsáveis pelo tratamento pós-consumo, em geral assinaladas com algum selo ambiental.

2 – Economize luz e água com novos hábitos
Economizar água e energia elétrica pode e deve ser uma preocupação constante no seu dia a dia. Reduzir o consumo contribui tanto para as suas finanças, quanto para o meio ambiente, já que reduz a demanda de recursos naturais para o fornecimento de água e de luz. Para isso, você pode mudar seus hábitos com dicas simples que vão desde a utilização de lâmpadas fluorescentes em vez de incandescentes até o reaproveitamento de água para lavar o quintal, por exemplo.

3 – Apoie os alimentos agroecológicos
Nossa alimentação cada vez mais preocupa nutricionistas e profissionais da saúde, mas o problema não está em comer, em si, mas no que se coloca no prato e é desperdiçado. Além de evitar o desperdício de comida, uma das grandes mudanças que você pode promover é trocar os supermercados pelas feiras e consumir mais alimentos agroecológicos, ou seja, produzidos sem agrotóxicos e pela agricultura familiar.  Os alimentos vendidos em feiras não vêm em embalagens e o trajeto que fazem do produtor até o varejo é muito mais curto que o dos comercializados em um supermercado. Com isso, a degradação do meio ambiente e a emissão de poluentes durante o transporte é menor.

4 – Faça trechos menores a pé
Andar ainda é a forma mais eficiente de se locomover, pois é saudável, não poluente, econômico e ainda permite conhecer e interagir muito mais com a cidade. Por isso, sempre que possível, substitua o uso do carro por caminhadas para percursos de até 3 km de distância. Segundo estudo publicado na revista The Lancet, durante a Assembleia Geral da ONU, aumentar este tipo de deslocamento pode se refletir em uma redução de cerca de 5% na emissão de material particulado fino na atmosfera. Para começar a andar mais a pé na cidade, planeje o caminho a percorrer, carregue o mínimo necessário e caso não consiga percorrer longas distâncias, intercale caminhada com um transporte coletivo.

5 – Invista no que você acredita
Pergunte e pesquise sobre a origem dos produtos que você consome e sempre confira se os fabricantes não estão envolvidos com desmatamento ilegal e mineração, por exemplo. Aliás, você já parou para pensar que o seu dinheiro no banco pode estar sendo utilizado nos mais diferentes tipos de atividades econômicas de organizações e governos, que podem contribuir tanto para poluir o meio ambiente quanto contribuir para a proteção da biodiversidade? Ou seja, use o seu dinheiro como moeda de troca para investir naquilo que você realmente acredita. Para você ficar por dentro do que o seu banco faz com o seu dinheiro, o Guia dos Bancos Responsáveis (acesse aqui) avalia em seu site as principais instituições financeiras do país em temas como Florestas, Mudanças Climáticas, Geração de Energia, entre outros. Lá, também é possível pressionar o seu banco a adotarem políticas mais sustentáveis.


Imagem em destaque: alimentos orgânicos. Foto de Joka Madruga/Divulgação Jornada de Agroecologia do Paraná


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