Equipamento desenvolvido pela Ufes combina sensores, e um telão digital leva a pessoa para dentro do ambiente virtual em três dimensões (3D)
Por Ana Julia Cabral (bolsista), da Ufes | De Vitória (ES)
A esteira inteligente SmartTreadmill, desenvolvida na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), estimula a aderência às atividades físicas a partir da realidade virtual e jogos interativos.
O equipamento é desenvolvido por meio de uma parceria entre o Laboratório de Telecomunicações (Labtel) da Universidade e o do Human Centered System Lab (HCS), coordenado pelo professor do Departamento de Engenharia Elétrica Anselmo Frizera.
Ele explica que o projeto usa um exergame – jogo eletrônico que une interatividade e atividade física.
A combinação de sensores e de um telão digital leva a pessoa para dentro do ambiente virtual em três dimensões (3D), onde ela anda por uma plantação, enquanto um animal lança vegetais ou objetos pelo caminho.
O objetivo é fazer com que o indivíduo pegue ou rebata o elemento usando um dos braços.
Os sinais do usuário são captados por um sensor, que fica posicionado de frente para a esteira e transporta os movimentos para o personagem do jogo.
Os testes são acompanhados por profissionais da área da saúde, que usam da pontuação do jogo para entender a evolução dos usuários, como coordenação motora e capacidade cognitiva.
TREINAMENTO
O treinamento funcional na esteira é de três meses.
Ao longo das semanas, o jogo passa por alterações nos elementos, como a passagem das estações do ano e mudanças no clima.
Assim, é possível trabalhar também a memória – com os usuários tendo que lembrar de objetos recolhidos no passado –, coordenação motora e capacidade cognitiva.
“Aqui temos o que conhecemos como processo de gamificação, que se refere a identificar os elementos que queremos trabalhar em um processo de treinamento ou reabilitação e encontrar estratégias que são comumente utilizadas em videogames”, explica a estudante do mestrado no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica (PPGEE) Meilen Juliana Salamanca.
A gamificação sugere mais dinamismo, trazendo maior engajamento à atividade proposta por chamar mais atenção e ser um processo descontraído.
Ainda segundo Meilen, “espera-se, em breve, validar o uso da esteira inteligente em um protocolo com idosos sedentários para analisar o impacto dessa metodologia conjunta em fatores psicofisiológicos”.
A fase de testes, que deve começar em breve, vai analisar, entre outras variáveis, a evolução da caminhada associada às diferentes fases do jogo.
O projeto busca voluntários para os testes. Os interessados devem entrar em contato via instagram do HCS (acesse aqui).
O projeto da esteira inteligente é financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes).
Imagem em destaque: esteira inteligente em teste. Foto: divulgação Ufes
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