Os desafios para 2019. E voltamos aqui em 7 de janeiro

Mas não paramos no twitter e no instagram, ao mesmo tempo em que fazemos reflexões sobre o que nos espera no ano novo

Por Wagner de Alcântara Aragão (@waasantista) | De Curitiba (PR)

Este site voltará a ser atualizado em 7 de janeiro.

Da véspera de Natal e até lá, estaremos em férias.

Mas nas duas redes sociais que mais temos utilizado, o twitter e o instagram, traremos diariamente notícias, análises, serviços.

Antes de desejarmos um feliz Natal e um próspero ano novo – reafirmando votos de saúde, paz e alegrias a nossos leitores e leitoras – consideramos importante deixar algumas reflexões para 2019.

Afinal, vivemos tempos inacreditáveis. Experimentamos situações intragáveis. À frente, apresentam-se perspectivas entristecedores.

Nada, porém, que não possa ser superado.

Para tanto, pessimismo na análise, todavia otimismo na ação.

Para tanto, pois, análise, e ação.

Consideramos o seguinte:

  • Precisamos ir além das nossas bolhas. Não só das bolhas da internet, das redes sociais. Das bolhas do mundo físico também. Estamos circulando nos mesmos espaços. Conversando nos mesmos espaços. Conversando com as mesmas pessoas nos mesmos espaços. Conversando a mesma conversa com as mesmas pessoas nos mesmos espaços.Um exemplo, para sermos objetivos, práticos, pragmáticos: não dá para ficar só fazendo ato no Largo do Batata. Na Cinelândia. Na Praça Santos Andrade. Na Praça Independência. Na Esquina Democrática. Nem com as mesmas palavras de ordem. Com a mesma pauta. Precisamos ir ao encontro das pessoas, não esperar para que elas nos encontrem. Está todo mundo mal conseguindo sobreviver. Não dá para exigir delas mais que isso.A maioria que votou nos Bolsonaros, em Alexandre Frota e assemelhados não é fascista, coxinha, reacionária, sanguinária. É uma conjuntura muito mais complexa que simples rótulos não dão conta de explicar, esclarecer. Não vamos, pois, nos afastar dessas pessoas; ao contrário, tenhamos paciência, didatismo, para promover a construção do conhecimento. Não é catequizar, querer que todo mundo vire à esquerda. É promover a reflexão, o conhecimento – isso bastará para nos trazer de volta para o processo civilizatório o qual vínhamos construindo.

    Na internet, passou da hora de a esquerda, os progressistas, os movimentos sociais, coletivos, organizações de ativistas se unirem em torno de plataformas em software livre, que escapem aos oligopólios das grandes corporações, às restrições do algoritmos, à invasão chupa dados. Não precisamos, nem devemos, sair do twitter, do facebook, do instagram, do whatsapp, do youtube. Mas temos, urgentemente, que criar nosso youtube; nosso linkedin; nossas plataformas. Perceberam que a Globo, por exemplo, tem seu próprio youtube, o tal Globoplay? Ora, a Globo não é boba. Não podemos ser ingênuos de achar que essas redes dão conta de nos comunicarmos. O golpe, o retrocesso, a democracia ameaçada que vivemos são provas irrefutáveis de que esse ativismo de internet não está funcionando.

    Em verdade, o movimento software livre há tempos já dispõe de plataformas genéricas. Vamos nos apropriar das ferramentas em software livre. Ocupá-las. Desenvolvê-las.

    Não dá para dispensar também um veículo impresso de grande circulação. Temos que nos unir para manter e difundir Carta Capital, Brasil de Fato, que são experiências mais à frente. Mesmo o Jornal do Brasil, que tem linha editorial plural. Deixemos eventuais diferenças, eventuais corporativismos e impulsionemos pelo menos um jornal e uma revista, para circulação nacional. Um Página 12 brasileiro, carecemos. Um Última Hora do século XXI.

    No campo político partidário e institucional, ou sai uma frente ampla ou teremos pelo menos uma década de hegemonia absoluta do neoliberalismo, do entreguismo, da direita reacionária, do conservadorismo dos costumes, do falso moralismo.

    Vamos por em evidência, valorizar, defender políticas públicas, instituições de Estado, ações estatais – e de forma didática, contanto iniciativas exitosas, histórias de sucesso. A tsunami neoliberal dos anos 90 voltará com muito mais força. Se a gente misturar críticas a gestões, governos e políticos com desqualificação das instituições, suas estruturas e atuações, vamos fertilizar o terreno para o desmantelamento do SUS, da escola e universidades públicas, da cultura, do esporte, e assim por diante.

A lista de tópicos não se encerra aí.

Por ora, porém, vemos estes acima como os pontos mais emergentes. Urgentes para enfrentarmos.

Enfrentarmos com alegria. Com disposição. Sem rancores. O que temos para oferecer, contra a ignorância, é informação. Contra o febeapá, conhecimento. Contra o ódio, afeto.

Imagem em destaque: horizonte do Oceano Atlântico visto a partir da Ponta da Praia, Santos. Foto de @waasantista


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