O conhecimento das aldeias Jaguapiru e Bororó a serviço da agroecologia

Frutas, verduras e legumes, e ainda artesanato, são comercializados em feiras na região de Dourados, com apoio da UFGD


Da UFGD | De Dourados (MS)

O projeto de extensão “Transformando a realidade a partir dos saberes tradicionais indígenas” realizou, no mês passado, a entrega de cinco caixas d’água de mil litros e de várias ferramentas que serão usadas pelas famílias que participam do núcleo de produção agroecológica, nas aldeias Jaguapiru e Bororó, em Dourados (MS).

O projeto é da Universidade Federal de Grande Dourados (UFGD), constituída em 2005, dentro do programa de expansão do ensino superior público, promovido pelo governo federal à época.

A ação nas aldeias faz parte das atividades do projeto para estimular e auxiliar as famílias indígenas que comercializam seus produtos na feira agroecológica realizada nas proximidades da rotatória de “entrada” de Jaguapiru e Bororó, na Rodovia MS 156.

Na feira, eles vendem frutas, verduras, legumes e artesanato, gerando renda para os envolvidos e oferecendo alimentos de boa qualidade a preço justo para os moradores da região.

Os produtores também comercializam os alimentos na cidade, circulando com carroças ou participando de outras feiras.

Além da entrega das caixas d’água e materiais, foi realizada uma reunião com um grupo de mulheres e uma liderança da comunidade para identificar as expectativas e demandas.

Também foram feitas visitas em alguns locais de produção de artesanato e de plantio de mandioca e hortaliças.

A equipe envolvida na entrega e na reunião respeitou as medidas de biossegurança e a programação só foi feita depois que os participantes indígenas estavam imunizados com a segunda dose da vacina contra covid-19.

EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

A coordenação do projeto é da professora Madalena Schlindwein, do Programa de Pós-graduação em Agronegócios da UFGD, e a equipe é formada por profissionais da área de Economia, Administração, Restauração Ecológica e Biodiversidade, Ciência Animal e Agronegócios.

A iniciativa busca integrar ações de extensão com atividades de pesquisa em temas como Bioeconomia, Desenvolvimento Socioeconômico Sustentável, Agroecologia, entre outros.

Plantação de banana, sem veneno. Divulgação UFGD.

As atividades com o núcleo de produção agroecológica acontecem desde 2019 e o projeto de 2021 tem como objetivo fomentar a produção já realizada e ampliar a diversidade de produtos, com intensificação da produção respaldada pelo viés agroecológico, respeito às tradições e crenças locais, maior voz e protagonismo para as mulheres indígenas e valorização do artesanato indígena.


Imagem em destaque: área de plantio. Foto: UFGD



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