Café da manhã mais caro

Inflação medida pelo IBGE aponta alta no preço do pão francês e do leite longa vida, em abril. Lanche e almoço também subiram


Por Carmen Nery, da Agência de Notícias do IBGE | Do Rio de Janeiro (RJ)

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a prévia da inflação oficial, ficou em 0,6% em abril.

Os alimentos tiveram variação de 0,36%, superior à alta de março.

A alimentação no domicílio passou de queda de 0,03% em março para alta de 0,19% em abril.

E o café da manhã ficou mais caro com a alta do pão francês (1,73%) e do leite longa vida (1,75%), cujos preços haviam recuado no mês anterior (-0,11% e -4,50%, respectivamente).

As carnes seguem em alta (0,61%), embora com variação menor do que a de março (1,72%).

Ainda no setor de alimentos, outro destaque é a alta de 0,79% na alimentação fora do domicílio.

Ficaram mais caro o lanche (1,34%) e refeição (0,57%) feitos fora.

Por outro, lado alguns tubérculos como cenoura (-13,58%) e batata-inglesa (-5,03%) apresentaram quedas, assim como frutas (-2,91%) e arroz (-1,44%).

COMBUSTÍVEIS

Com alta de 1,76%, os transportes continuam tendo o maior impacto na inflação medida pelo IPCA-15, embora tenham desacelerado em relação ao resultado de março (quando foi de 3,79%).

A gasolina (5,49%) permanece como o produto com o principal impacto no índice (0,30 p.p.), ainda que com uma variação menor do que o mês anterior (11,18%).

Óleo diesel (2,54%) e o etanol (1,46%) tiveram altas, mas também inferiores às registradas em março – 10,66% e 16,38%, respectivamente.

SAÚDE E CUIDADOS PESSOAIS

No grupo de saúde e cuidados pessoais, o reajuste, em 1º de abril, de até 10,08%, dependendo da classe terapêutica, acabou impactando o preço dos produtos farmacêuticos, que subiram 0,53%, após terem apresentado queda de 0,29% em março.

Os preços do IPCA-15 foram coletados no período de 16 de março a 13 de abril de 2021 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 12 de fevereiro a 15 de março de 2021 (base).

REGIÕES

Atualmente a população-objetivo do IPCA-15 abrange as famílias com rendimentos de 1 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, residentes em 11 áreas urbanas: regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e do município de Goiânia.

Todas as regiões pesquisadas apresentaram variação positiva em abril.

Evolução do IPCA-15 nos últimos 12 meses. Fonte: IBGE

O maior resultado foi observado em Brasília (0,98%), especialmente em função da alta no preço da gasolina (8,37%). A menor variação, por sua vez, foi registrada na região metropolitana de Belém (0,39%), influenciada pela queda no preço do arroz (-5,25%).

No ano, o IPCA-15 acumula alta de 2,82% e em 12 meses, de 6,17%, acima dos 5,52% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.


Imagem em destaque: cesta de pão francês. Foto de Bruno Aguiar/Divulgação Associação Brasileira da Indústria da Panificação (Abip).



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