Basquete brasileiro perde Ruth Roberta de Souza

Pivô morreu aos 52 anos, por complicações da covid-19. Ela foi campeã pan-americana e mundial com a seleção, entre outras conquistas


Da Confederação Brasileira de Basketball (CBB) | Do Rio de Janeiro (RJ)

Guerreira, Ruth Roberta de Souza buscava os mais difíceis rebotes para o Brasil.

Foram anos e anos defendendo a Seleção Brasileira feminina com seu talento e garra.

Nesta terça-feira, 13 de abril, às 6h30 da manhã, contudo, perdemos nossa ídola. Ruth Roberta de Souza nos deixou aos 52 anos, por complicações da covid-19.

Ruth estava internada desde o início do mês, chegou a apresentar um quadro de melhora, mas suas funções vitais pioraram nos últimos dias.

A alegria de Ruth servindo a seleção brasileira. Foto: divulgação CBB

Vice-presidente da Confederação Brasileira de Basketball, Paula Gonçalves, a Magic Paula, falou sobre a perda de Ruth, além de companheira, uma amiga:

– Perdi uma amiga, com uma história de vida de muitos desafios, mais jamais perdeu sua doçura e sempre com seu jeito humilde e eficiente na convivência em grupo. Dia muito triste para mim. Ruth fazia parte da minha família e sempre recebida com carinho, como merecia. Que ela faça esta passagem com muita luz – disse Magic Paula.

Ruth e Paula, amigas fora das quadras. Foto: divulgação CBB

Nascida em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul, onde também estava internada, Ruth foi campeã dos Jogos Pan-Americanos de 1991, em Havana, além de campeã Mundial pelo Brasil em 1994.

Também jogou a Olimpíada de 1992, em Barcelona, a primeira da Seleção feminina.

Dentro e fora de quadra, deixa a marca de uma guerreira, mas uma combatente sorridente, que contagiava qualquer um que estivesse ao seu lado.

No vídeo, em 1’00, grande jogada de Ruth embaixo do garrafão, na vitória do Brasil sobre Cuba, nos Pan de Havana em 1991:

A notícia do falecimento foi confirmada pela família que Ruth, que por meio de uma sobrinha, vinha atualizando suas redes sociais com informações sobre o quadro de saúde de Ruth: “É com pesar que Nely e Rubens informam o falecimento da minha irmã Ruth Roberta de Souza, hoje, às 6h30 da manhã. Agradecemos às orações, agora ela descansou”.

Após encerrar a carreira no basquete, Ruth passou a ser técnica na sua cidade, em Três Lagoas, Mato Grosso o Sul, onde seguia encantando com o seu carisma.

Ruth como técnica do time de Três Lagoas, Mato Grosso do Sul. Foto: divulgação CBB

Recentemente, a ídola participou de uma reunião com todas as jogadoras campeãs mundiais de 1994, num evento no interior de São Paulo, antes da pandemia da covid-19.

Em vida, Ruth recebeu diversas homenagens da Confederação Brasileira de Basketball nas últimas duas décadas, sempre em referência à sua garra em quadra, seu carisma, entrega e dedicação ao esporte.

Ruth deixa um exemplo de como é possível combater o bom combate, ser firme, raçuda em quadra, defender as cores do Brasil, mas sem perder o Fair Play. Ruth, NÓS NUNCA ESQUECEREMOS O SEU SORRISO!


Imagem em destaque: Ruth recebe de Fidel Castro a medalha de ouro no Pan de Havana, em 1991. Divulgação CBB.


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