O resgate de pinguins-de-magalhães no litoral brasileiro

No inverno, aumenta o fluxo de animais da espécie, da Argentina para o Sul e Sudeste do Brasil. Muitas vezes, porém, os pinguins acabam encalhando nas praias. Confira orientações


Da UFPR Litoral | De Matinhos (PR)

O Laboratório de Ecologia e Conservação da Universidade Federal do Paraná (UFPR) alerta para o aumento no número de encalhes de animais vivos e mortos nesta época do ano, principalmente com a chegada das frentes frias e a visita de muitas espécies migratórias.

Uma dessas espécies que visita a costa paranaense (e do Sul e Sudeste brasileiros de um modo geral) anualmente é o pinguim-de-magalhães (Spheniscus magellanicus), que se desloca pelas correntes marítimas em busca de alimento desde as colônias reprodutivas onde vivem, no centro-sul da Argentina.

Somente no último dia 18, foram oito acionamentos para o tratamento de pinguins vivos no litoral do Paraná.

[No domingo, dia 21, o Instituto Gremar resgatou um pinguim-de-magalhães em Santos, na praia altura do Canal 5]

A grande maioria dos pinguins-de-magalhães que chegam no Paraná estão debilitados, possivelmente por não terem conseguido se alimentar adequadamente durante a migração.

“Os pinguins, diferentes de focas e lobos marinhos, não vêm a praia para descansar, então quando encalham é porque precisam de cuidados médico-veterinário”, explica a bióloga Camila Domit.

A equipe de resgates do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) atua das 7h às 18h e atende pelos telefones 0800 642 33 41 ou (41) 9-9213-8746.

[Em Santos, o Instituto Gremar atende pelo plantão (13) 99711-4120]

A bióloga explica que, caso encontrados muito debilitados fora dos horários de atendimento, os animais podem ser isolados em uma caixa de papelão e enrolados em uma toalha para minimizar a hipotermia.

“Mas se ele não estiver muito debilitado, estiver levantando, se mexendo, neste caso é importante tentar manter um isolamento em volta dele”, explica. “Proteger é isolar”, destaca, reforçando a importância de manter os cachorros distantes dos animais.

SOBRE O PROJETO

O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobrás de produção e escoamento de petróleo e gás natural a Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.

Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, através do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos.

O PMP-BS é realizado desde Laguna (SC) até Saquarema (RJ), sendo dividido em 15 trechos. O laboratório da UFPR Litoral monitora o Trecho 6, compreendido entre os municípios paranaenses de Guaratuba e Guaraqueçaba.


Imagem em destaque: resgate de pinguim-de-magalhães em Santos, altura do Canal 5. Foto de divulgação do Instituto Gremar


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