Cinco dicas básicas para escapar de golpes na internet

Aplicativos piratas (inclusive forjando ser o do auxílio emergencial), links maliciosos, sites falsos: durante a pandemia de covid-19, tem aumentado a ocorrência de cibercrimes.


Por Marina Duarte de Souza, do Brasil de Fato | De São Paulo (SP)

Com a pandemia do novo coronavírus e o necessário isolamento social para prevenção da doença, o teletrabalho, aulas à distância, a comunicação com amigos e familiares, compras e momentos de lazer online aumentaram a movimentação na rede.

Isso sem contar a maior intensidade na busca por informações que apresentem caminhos para superar a epidemia, desde formas de cuidado ao acesso de benefícios para o trabalhador.

Mas o crescimento do uso dos recursos da internet também requer aumento nos cuidados para evitar acessos indevidos, entrada de vírus nos dispositivos eletrônicos ou golpes aplicados pela web.

O pesquisador em segurança e privacidade de dados, Rodolfo Avelino, explicou ao Brasil de Fato que gigantes como o Google têm detectado um fluxo acima da média de malwares e phishing.

“Em uma semana que foi do dia 6 ao dia 13 de abril, o Google informou que conseguiu acompanhar no seu monitoramento aproximadamente 18 milhões de e-mails por dia com algum tipo de malwares ou phishing, que é essa ação de conduzir esta pessoa para um ambiente falso. É um número muito expressivo para que as pessoas ao entrarem nesses sites, por exemplo, forneçam informações pessoais ou baixem um aplicativo que esteja comprometido”, analisa Avelino.

São chamados malwares os vírus, cavalos de troia, spywares e ransomwares, ou qualquer arquivo que tenha objetivo de causar danos.

Por phishing, entende-se todas as formas utilizadas por criminosos digitais para obter informações pessoais, como senhas ou cartão de crédito, CPF e número de contas bancárias. Em geral, fazem isso enviando e-mails falsos ou direcionando o usuário a websites falsos.

DICAS

Rodolfo Avelino integra o Coletivo Digital Actantes, que desde 2013 atua promovendo cursos e formações voltadas aos direitos humanos no ambiente digital, e explica que esses mecanismos de phishing já existiam antes da pandemia, mas o problema se intensificou.

Ele lista cinco dicas básicas para escapar desses cibercrimes:

1) Sempre manter o sistema operacional do aparelho móvel e do computador atualizado. A atualização é essencial para estar protegido de algumas falhas.

2) Ter ferramentas de detecção de fraudes, que eram chamados de antivírus e hoje são chamados de antimalwares. Elas ajudam a detectar ambientes, aplicativos, sites falsos.

3) Mais atenção para o uso dos celulares; de um modo geral, as pessoas não se preocupam com os cliques que dão no aparelho como se preocupam com os que dão no computador.

4) Não instalar aplicativos antes de fazer uma consulta. “Antes de instalar pega o nome, faz uma pesquisa, verifica se já tem alguma informação relatada com relação aquele aplicativo.”

5) Não clique em links ou instale aplicativos de origem desconhecida.

Avelino adverte ainda: “Se a pessoa recebe um e-mail no computador que tenha um link suspeito ou ela vai ver onde está sendo direcionado ou ela vai ter o endereço, que não conhece a pessoa, e ela não clica. Agora no celular as pessoas não tem essa mesma cultura, então ela recebe um SMS falando da situação do benefício dela, ela vai clicar e preencher os dados. As pessoas não têm os mesmos cuidados com os celulares.”

Um exemplo de cibercrime vem ocorrendo com o aplicativo do auxílio emergencial para trabalhadores informais.

O especialista relata, por exemplo, que uma semana após a aprovação do benefício foi divulgada a loja de aplicativos do Google registrou mais de 20 aplicativos do auxílio que eram falsos.

“Se você pega a periferia as pessoas estão atrás desse recurso e da sua sobrevivência. Há uma grande parte de pessoas estão com status de análise. Se elas recebem um e-mail ou um SMS, falando ‘olha você está com status de aguardando forneça mais informações para que você consiga a liberação do seu benefício’. É a forma como os fraudadores agem eles mandam para milhões de pessoas e as mais vulneráveis acabam fornecendo os dados pessoais”, explica o pesquisador.


Imagem em destaque: atenção especial ao que baixa no celular. Foto de Marcello Casal Jr./Agência Brasil


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