Uma opção prática e barata para combater o vírus da dengue

Bioinseticida desenvolvido por pesquisadora em universidade pública da Bahia atende às condições de populações mais pobres e em regiões onde é preciso acumular água.


Da Assessoria de Comunicação da Uefs | De Feira de Santana (BA)

Encontrar uma alternativa simples e barata para controle do mosquito da dengue em zonas pobres e com riscos de epidemias de arboviroses (doenças transimitidas por vírus) foi a principal motivação do estudo de Layse Emanuelle Reis de Lima, aluna do Programa de Pós-graduação em Ecologia e Evolução da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs).

Juntamente com o orientador Gilberto Mendonça, professor doutor do Departamento de Biologia, desenvolveu uma pesquisa baseada na ecologia aplicada, fundamentada pelos requisitos econômicos, ecológicos e toxicológicos utilizando substâncias naturais para limitar a determinada população de insetos-praga e minimizar os efeitos nocivos sobre as pessoas e o ambiente.

A pesquisa desenvolveu um inseticida do extrato aquoso da semente de Nim (ou neem) que pode ser utilizado como método alternativo e prático para o controle das larvas de Aedes, pois sua produção é fácil (artesanal), rápida e de baixo custo.

“Para isso nós testamos formulações do bioinseticida Neem como método de controle alternativo do mosquito transmissor das arboviroses, e nossa meta era conseguir uma alternativa simples, de baixo custo, e com fácil produção. Basicamente procurávamos uma técnica viável para o controle do mosquito em localidades com pouco acesso a métodos tradicionais, seja por dificuldades logísticas de aquisição ou por questões financeiras como o custo do produto convencional”, explica Layse sobre a pesquisa.

VISITAS

A mestranda encontrou motivação no centro de controle de zoonose de Santo Amaro, onde trabalhou. Ela observou que durante as visitas domiciliares a maioria dos moradores acumulava água em diversos tipos de criadouros, e que mesmo realizando a eliminação deles, meses depois novos criadouros estavam formados, por conta da manutenção do acúmulo de água. Layse ressalta que em muitos casos existe realmente a necessidade de manter água em determinados reservatórios, pois o abastecimento de água em certas localidades não é diário.

A pesquisadora identificou outro problema na prevenção das doenças transmitidas pelo temido mosquito, essencialmente à população carente: o alto custo de inseticidas. “O nim é uma planta com poderes inseticidas já comprovados e há no mercado algumas marcas comerciais do óleo da planta, mas nem sempre com preços acessíveis às comunidades, então testamos alternativas ao produto comercial”, detalha a mestranda.

O estudo produzido em condições laboratoriais derivou na mortalidade de até 76,6% das larvas, por meio do extrato aquoso das sementes. Os desenvolvedores estão contentes com os resultados e esperançosos que essa tecnologia traga benefícios sociais e ambientais.


Imagem em destaque: arte de divulgação da pesquisa. Por Uefs


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