Feira da Reforma Agrária leva comida boa a Campo Grande e Rio de Janeiro

Além de produtos orgânicos, eventos do Movimento dos Trabalhadores Turais Sem Terra (MST) inclui programação cultural e artística. A entrada é gratuita

Por Wagner de Alcântara Aragão (@waasantista) | De Curitiba (PR)

Frutas, hortaliças, verduras e legumes sem agrotóxicos.

Cafés, leites e derivados, embutidos e enlatados produzidos pela agropecuária familiar.

Música, poesia, exposições e performances artísticas diversas.

Tudo isso é um pouquinho do que a gente encontra nas feiras da reforma agrária promovidas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ao longo do ano.

Agora em dezembro, os moradores de duas cidades têm a oportunidade de terminar 2018 colocando comida saudável na mesa, contribuindo com a geração de emprego e renda no campo, e curtindo uma diversidade de atrações culturais.

É que, desde quinta-feira, dia 6, até domingo, dia 9, ocorre em Campo Grande a 2ª Feira Estadual do Mato Grosso do Sul da Reforma Agrária.

E, de segunda, dia 10, até quarta, dia 12, no Rio de Janeiro ocorre a 10ª edição Feira Estadual da Reforma Agrária Cícero Guedes.

“Serão quatro dias de muita diversidade, com toda a beleza e riqueza que a agricultura familiar do Mato Grosso do Sul tem. De nossos assentamentos e acampamentos virá toda a variedade de alimentos saudáveis, artesanatos produzidos, prontos para irem às nossas mesas”, ressalta texto de divulgação da Feira da Reforma Agrária em Campo Grande.

O evento na capital sul-matogrossense está sendo realizado na Praça Ary Coelho, na região central da cidade, das 12h às 18h. A entrada é gratuita. “Além disso, muita música, poesia, teatro e alegria te aguardam nestes dias de celebração da cultura do campo”, enfatiza o texto.

No Rio de Janeiro a produção do campo chega ao Centro da cidade também: a Feira da Reforma Agrária na capital fluminense será realizada no Largo da Carioca.

“A feira é um evento de exposição e comercialização dos produtos do campo, provenientes dos assentamentos e acampamentos de Reforma Agrária e da agricultura familiar camponesa do Rio de Janeiro e de outros estados”, frisa matéria de Pablo Vergara, no site do MST.

“A diversidade dos alimentos oferecidos surpreende quem visita a feira. São diferentes tipos de arroz, feijão vermelho e de corda, frutas e polpas, legumes, verduras, hortaliças, suco de uva integral, produtos derivados de cana-de-açúcar (açúcar mascavo, melado, rapadura), cerveja artesanal, ervas medicinais, fitoterápicos, fito-cosméticos e produtos processados”, enumera a matéria.

PARANÁ E CEARÁ

No fim de semana passado, os moradores de Londrina, norte do Paraná, puderam conferir de perto o que os assentados do MST produzem. No sábado, dia 1º, e no domingo, dia 2, foi realizada a Festa da Batata Doce e da Reforma Agrária no assentamento Eli Vive, onde moram cerca de 501 famílias.

“As comemorações são realizadas anualmente pelos assentados que, além da produção da batata doce, também celebram a conquista da terra. A programação das festividades contou com uma roda de música de viola caipira, almoço com churrasco, baile, com a banda Geração Nativa, e houve um culto ecumênica, onde o Padre Jairo Silva relembrou aos moradores do tempo em que as famílias estavam acampadas”, narraram Maria Francelino e Diwzeffy Silvério, comunicadoras sociais do MST.

Na quarta, dia 5, em Fortaleza o MST promoveu a “Mostra Nacional dos Produtos da Reforma Agrária”. Foram expostos à população cearense diversos produtos in natura e industrializados, “de várias cooperativas do país inteiro. A atividade é resultado do Encontro Nacional das Cooperativas do MST que acontece na mesma semana no Estado do Ceará”, informou o Movimento.

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Imagem em destaque: uma das feiras da reforma agrária do MST (essa em São Paulo). Foto de @lindrielli


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