Com isso, a prévia de junho da inflação (IPCA-15) no Brasil confirma trajetória de queda, contrariando o alarmismo do mercado financeiro que usa do tema para justificar abusivas taxas de juros
Com informações da Agência de Notícias do IBGE | Do Rio de Janeiro (RJ)
A prévia da inflação de junho ficou em 0,26%, após taxa de 0,36% registrada em maio.
É o que aponta o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado nesta quinta, dia 26, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O recuos nos preços de alimentos e de combustíveis contribuíram para a desaceleração da inflação.
Destaque para queda nos preços do tomate (-7,24%), do ovo de galinha (-6,95%) e do arroz (-3,44%), impactando em 0,2 ponto percentual o índice.
Já a queda nos preços da gasolina (-0,52%) foi responsável por 0,3 p.p. do IPCA-15.
O IPCA-15 refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia.
Na prévia de junho, a capital pernambucana teve a maior variação regional, com 0,66%, em razão da alta nas tarifas de energia elétrica residencial (4,58%) e da gasolina (3,44%).
Já o menor resultado ocorreu em Porto Alegre (-0,10%), que apresentou queda nos preços do tomate (-10,04%) e da gasolina (-2,87%).
Os resultados trazidos pela IBGE confirmam que a narrativa de inflação propagada pelo mercado financeiro, com apoio da grande mídia, não se sustenta.
A inflação é utilizada como desculpa para os constantes aumentos na taxa básica de juros da economia, a Selic. Essa taxa remunera os juros da dívida pública, dinheiro do orçamento nacional que vai para bancos e aplicadores financeiros.
Quanto mais alta a Selic, mais os super ricos rentistas ganham.
Em contrapartida, a economia como um todo perde, já que os empréstimos e financiamentos ficam mais caros, desestimulando investimentos na agricultura, indústria, comércio, infraestrutura e serviços, que geram emprego e renda.
Imagem em destaque: tomates em supermercado, que registram queda de preço em junho. Foto: Helena Pontes/ Agência de Notícias do IBGE
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