A peteca e a perna de pau, por exemplo, aprendemos com elas. Descubra quais são outras formas de diversão e aprendizado
Por Giovanna Costanti, do Instituto Socioambiental (ISA) | De São Paulo (SP)
Entre os mais de 300 povos indígenas que vivem no Brasil, jogos e brinquedos fazem parte do dia a dia das comunidades, assim como a defesa dos direitos dos indígenas e do meio ambiente – alvos de grandes retrocessos nos últimos anos.
Algumas brincadeiras são conhecidas entre não indígenas, como a peteca e a perna de pau, praticadas entre diversas culturas originárias.
E É comum que os adultos se juntem à diversão para ensinar as melhores técnicas. Também, faz parte da graça construir os brinquedos do zero.
Quer saber mais?
Conheça seis brincadeiras e jogos de diferentes povos indígenas do Brasil:
Heiné Kuputisü (Corrida do Saci)
Uma corrida de uma perna só, popular entre os Kalapalo, do Alto Xingu (Pará). Participam homens, adultos e crianças e acontece no centro da aldeia. É só marcar no chão uma linha de partida e outra de chegada e começar a diversão. Ganha quem for mais longe sem usar os dois pés.
Arranca mandioca
É uma brincadeira dos Guarani e dos Xavante. Em fila, a primeira criança agarra uma árvore e as outras se seguram às crianças da frente. Uma delas deve “arrancar” as mandiocas – que são os próprios jogadores. Vale usar força, puxar pelas pernas e até fazer cócegas. No cerrado, região onde vivem os Xavante, meninos e meninas conhecem essa brincadeira com o nome de “tatu”.
Peteca
Entre os Xavante, seu nome é tobdaé. Mangá é o nome dado pelos Guarani a esse brinquedo. O brinquedo é feito de palha de milho e a brincadeira lembra a popular queimada. Ao mesmo tempo em que o jogador faz seus lançamentos, ele precisa fugir dos arremessos do adversário para não ser queimado.
Gavião e passarinhos
Uma das crianças, o “gavião”, sai à caça das demais, os “passarinhos”, que correm, assobiam e tentam distraí-lo. Para se proteger e descansar, os passarinhos param nos galhos de uma árvore desenhada no chão. O último que escapar vira o novo gavião!
Perna de pau
Nas aldeias, é só pegar na mata troncos altos e retos com forquilhas nas pontas, onde se apoia o pé. Em casa, dá pra repetir a brincadeira prendendo estacas de madeira em dois pedaços de pau. O desafio é ver quem consegue ir mais longe sem cair!
Futebol de cabeça
É uma espécie de jogo de futebol, mas ao invés de usar os pés, é preciso usar a cabeça para dar os chutes, fazer os passes e marcar os gols! É muito praticado pelos Paresi e pelos Enawene-nawe.
Imagem em destaque: crianças correndo na aldeia Khinkatxi (Mato Grosso), por Christian Braga, do ISA
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