Greve geral está confirmada para esta sexta

Confira as atividades previstas até o momento. Paralisação é contra as “reformas” trabalhista e da Previdência, principalmente

Por Rafael Tatemoto, do Brasil da Fato | São Paulo (SP)

A greve geral convocada pelo conjunto das centrais sindicais brasileiras, prevista para esta próxima sexta-feira (dia 30), será acompanhada por atos de rua em todo o país, chamados por centrais sindicais. As manifestações também contarão com o apoio e mobilização das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.

Em São Paulo (SP), a atividade deve ocorrer na Avenida Paulista, a partir das 16h. Ao menos outros dois estados já marcaram atividades semelhantes. Em Belo Horizonte (MG), a manifestação ocorre às 9h na Praça da Estação. Já em Porto Velho (RO), será realizada às 8h na Praça Três Caixas D’Água. Em Fortaleza (CE), acontece às 9h na Praça da Bandeira.

As entidades já sinalizaram que pretendem realizar uma manifestação em Brasília (DF) na data da votação final da reforma trabalhista, ainda indefinida.

O Brasil de Fato está acompanhando as novas adesões e atualizará assim que tiver novas informações.

(Pelo twitter da Rede Macuco – @redemacuco – também serão compartilhadas notícias sobre os atos desta sexta)

POR QUE PARAR

Raimundo Bonfim, coordenador da Central de Movimentos Populares, que integra a Frente Brasil Popular, indica que as pautas são as reformas do governo Michel Temer, em especial as mudanças na Previdência e na legislação trabalhista. “Como os movimentos estão juntos, os atos [de rua] incluem a questão da saída de Temer e a convocação de eleições diretas”, afirma.

Para Edson Carneiro, secretário-geral da Intersindical e integrante da Frente Povo Sem Medo, é necessário derrotar politicamente o governo para que as reformas sejam vencidas.

“Pelo que estamos acompanhando, o Senado até pode votar antes a matéria da [reforma] trabalhista, mas não em plenário. A expectativa é que a votação em plenário se dê depois, na primeira ou segunda semana de julho. Esperamos realizar um grande dia de luta, apontando que a manutenção de Temer ou a substituição por eleição indireta significam a agenda de desmonte de direitos, proposta pelo grande capital”, avalia.

EFEITOS DA PRESSÃO

Para Carneiro, as manifestações populares já têm surtido efeito sobre o Congresso. Um exemplo seria a rejeição da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado Federal, por 10 votos a 9:

“Na votação da CA, houve votos contrários ao relatório de Ricardo Ferraço [PSDB-ES] até de senadores da sua própria legenda. Alguns parlamentares da base do governo votaram contra o governo. Isso aponta que a mobilização social, principalmente a greve geral do dia 28 de abril e a ocupação de Brasília em 24 de maio, surtiu efeito. Claro que isso também está combinado com a crise do governo, que vai perdendo as condições de se sustentar”, analisa.


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