De Curitiba a Elba Ramalho, os enredos das escolas de samba de São Paulo

Tem ainda Nossa Senhora Aparecida, Menininha de Gantois, Zimbábue, os “Zés”, banquetes da humanidade, Salvador, a paz, o grafite…

Por Wagner de Alcântara Aragão

Começam na noite desta sexta-feira, 24 de fevereiro, os desfiles das escolas de samba de São Paulo. Sete agremiações do grupo especial se apresentam no primeiro dia; outras sete, na noite de sábado e madrugada de domingo.

Quem for à Passarela do Samba Adoniran Barbosa, no Polo Cultural Grande Otelo (o Anhembi), ou assistir pela televisão ou acompanhar pela internet, seguramente vai contemplar um dos desfiles mais equilibrados e memoráveis da história do carnaval paulistano.

Isso porque as agremiações capricharam nos enredos e nos sambas para este ano. Se a crise econômica e política fez se retraírem as verbas destinadas às escolas, essas mesmas dificuldades parecem motivar carnavalescos e foliões a darem a volta por cima.

Algumas escolas, em particular, reservam expectativas especiais por conta do enredo que escolheram.

É de se prever, por exemplo, muita emoção da Unidos de Vila Maria, que vai homenagear Nossa Senhora da Aparecida. E da mistura folia e religião, o que aguardar? O padre Reginaldo Manzotti, que esteve na quadra da escola, participará do desfile, na madrugada deste sábado? É esperar para ver.

A Vila Maria, aliás, será a terceira escola da primeira noite, e virá logo depois da Mocidade Alegre, que nos últimos anos vem apresentando o desfile mais imponente do Carnaval de São Paulo. A Mocidade Alegre vai contar sua própria história de 50 anos.

Mas a abertura dos desfiles vai ficar por conta de Elba Ramalho. A cantora paraibana é o enredo da Tom Maior, que deve misturar o samba com o forró e o xaxado. Incansável, Elba Ramalho tende a fazer ferver o Anhembi.

Ah, e como será que a Nenê de Vila Matilde – penúltima escola a desfilar, já na madrugada de domingo – vai retratar Curitiba na avenida? Sim, a capital do Paraná é o enredo da agremiação. Infelizmente, na cidade pouca repercussão a homenagem tem tido.

Vale ficar de olho ainda na Tucuruvi. A agremiação da Zona Norte vai abordar a arte urbana, o grafite… Em tempos em que o novo prefeito de São Paulo, João Dória Jr., tem perseguido essa manifestação artística, será um desfile protesto? A conferir.

A ordem dos desfiles e o enredo de cada agremiação são os que seguem:

PRIMEIRA NOITE

  1. Tom Maior: Elba Ramalho
  2. Mocidade Alegre: os 50 anos da escola
  3. Unidos de Vila Maria: Nossa Senhora Aparecida
  4. Acadêmicos do Tatuapé: Zimbábue
  5. Gaviões da Fiel: os imigrantes que ajudaram a construir São Paulo
  6. Acadêmicos do Tucuruvi: a arte urbana, incluindo o grafite
  7. Águia de Ouro: proteção dos animais

SEGUNDA NOITE

  1. Mancha Verde: o nome “Zé” e os “Zés” que fizeram história
  2. Unidos do Peruche: cidade de Salvador
  3. Império da Casa Verde (atual campeã): a paz
  4. Dragões da Real: Nordeste, a partir da música Asa Branca
  5. Vai-Vai: Mãe Menininha do Gantois
  6. Nenê de Vila Matilde: cidade de Curitiba
  7. Rosas de Ouro: os banquetes da história mundial

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