Seis anos após impeachment infundado, Ministério Público confirma: não houve ‘pedaladas’

“A verdade veio à tona”, afirma Dilma Rousseff, ao tomar conhecimento do arquivamento do inquérito, por falta de crime ou improbidade. Ou seja, foi golpe


Com informações do site de Dilma Rousseff  | De Brasília (DF)

A 5ª Câmara de Coordenação e Revisão de Combate à Corrupção, do Ministério Público Federal (MPF), arquivou o inquérito sobre as chamadas ‘pedaladas fiscais’, diante da falta de indícios.

O fato foi comunicado nesta quarta-feira, 21 de setembro, pela ex-presidenta Dilma Rousseff.

“A verdade veio à tona”, afirmou. “Demorou, mas a Justiça está sendo feita”.

As ditas pedaladas motivaram os pedidos de impeachment contra Dilma, que resultou na derrubada da presidenta, em agosto de 2016.

O arquivamento foi do inquérito civil movido contra o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega.

O inquérito tratava de supostas irregularidades nas operações de crédito entre o Tesouro e o Banco do Brasil, que teriam sido cometidas em 2015.

O QUE ERAM, DE VERDADE

Essas operações consistiam no seguinte: o Tesouro postergava o repasse de recursos a bancos públicos, enquanto estes cobriam o pagamento, ao povo, dos benefícios sociais.

Tais operações foram apelidadas pejorativamente na grande mídia de ‘pedaladas fiscais’.

A ex-presidente também era investigada pela Procuradoria da República no Distrito Federal no inquérito civil que buscava identificar os responsáveis pelas “pedaladas fiscais”, supostamente ato de improbidade administrativa.

Ainda em julho de 2016, o Ministério Público Federal em Brasília pediu arquivamento de uma investigação criminal sobre as tais “pedaladas”. Mas decidiu incluir Dilma no rol dos suspeitos.

SEM CRIME, SEM IMPROBIDADE

O caso evoluiu e a investigação mostrou que não foi comprovada a improbidade administrativa ou crime.

Além de Mantega, o então secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin e a própria Dilma Rousseff estavam entre os investigados.

Vale lembrar que, em agosto de 2016, o Senado condenou Dilma à perda do cargo de presidente da República, por considerar que as “pedaladas fiscais” feriram a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Ou seja, o arquivamento de agora é mais um episódio a comprovar que o impeachment não tinha base legal, e se tratava de um golpe.

Aliás, o documentário ‘O processo’, de Maria Augusta Ramos, conta direitinho essa história:

A 5ª Câmara de Coordenação e Revisão de Combate à Corrupção homologou o arquivamento sob o o fundamento de que “tanto o Tribunal de Contas da União quanto a Corregedoria do Ministério da Economia afastaram a possibilidade de responsabilização dos agentes públicos que concorreram para as pedaladas fiscais do ano de 2015, seja em virtude da constatação da boa-fé dos implicados, seja porquanto apenas procederam em conformidade com as práticas do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão”.


Imagem em destaque: Dilma Rousseff em dois momentos de sua trajetória. Foto de Ricardo Stuckert




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