Dicas de tecnologias livres para nós, leigos, escaparmos do controle da internet

Há opções, de fácil operação, para as atividades mais corriqueiras, como navegar, ter conta de e-mail, escrever, até chamadas e reuniões de vídeo


Por Wagner de Alcântara Aragão (@waasantista)

As tecnologias em software livre são mais seguras, dão muito menos problemas e são tão funcionais quanto os programas pagos.

No entanto, para nós, leigos, ter acesso ou operar essas ferramentas parece coisa de outro mundo, ou coisa só mesmo para feras em informática.

Mas não é.

Para as atividades mais corriqueiras, como navegar na internet, ter conta de e-mail, realizar pesquisas, escrever um texto, montar uma apresentação de trabalho, editar uma fotografia, localizar um endereço em um mapa, fazer chamadas de vídeo e reuniões online, há opções bem fáceis de tecnologias livres.

Bem fáceis mesmo – inclusive mais fáceis do que as ferramentas mais comuns, do Google, da Microsoft, da Apple, do Facebook, e outras grandes corporações de internet.

Além de mais fáceis, essas ferramentas não chupam nossos dados, são mais imunes a vírus e golpes, e não fazem com que a gente, usando, trabalhe para as corporações.

Vamos às dicas:

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PARA ACESSAR A INTERNET

Você pode trocar o Chrome e o Internet Explorer pelo:

São dois navegadores desenvolvidos pelo movimento software livre, e rodam em qualquer computador, notebook, tablet, celular

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PARA FAZER BUSCAS, PESQUISAS

“Dar um google” virou sinônimo de pesquisar algo na internet, mas é um perigo, porque a Google se apodera de todas as informações para vendê-las às empresas que pagam publicidade. Há uma alternativa de buscas tão eficiente quanto: o Duckduckgo.

Aqui na Rede Macuco só trabalhamos com o Duckduckgo, e garantimos: a eficiência da busca e das pesquisas é idêntica à do Google, ou do Bing. É só uma questão de se acostumar:

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PARA TER CONTA DE E-MAIL

Você não precisa ficar refém do gmail, do outlook/hotmail, do yahoo!, entre outras corporações privadas, que exigem, para a criação de contas, que a gente entregue nossa vida para elas.

Não!

Há opções em software livre, criptografado, com pacotes gratuitos:

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PARA ESCREVER TEXTOS, MONTAR APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS, FAZER PLANILHAS

Você pode deixar de usar o word, o excel, o power point e corel draw e trocar pelas ferramentas do LibreOffice:

  • LibreOffice Writer, para escrever textos
  • LibreOffice Calc, para planilhas
  • LibreOffice Impress, para apresentações
  • LibreOffice Draw, para gráficos, desenhos, diagramações

No começo, sente-se pelas pequenas diferenças de manuseio, de interface (a forma como os programas se apresentam), mas logo se acostuma. E as funcionalidades são as mesmas, até superiores, que as do pacto do Windows. O LibreOffice pode ser baixado e roda em computador de qualquer sistema operacional: https://pt-br.libreoffice.org/.

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PARA EDITAR FOTOS

Em alternativa ao famoso Photoshop, existe o Gimp, muito mais funcional que aquele. E há versão em português: https://www.gimpbrasil.org/downloads.

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PARA CHAMADAS DE VÍDEO E REUNIÕES

Pode deixar de lado Google Meet, Microsoft Team, Zoom, Skype, e começar a usar o:

  • Jitsi: totalmente gratuito, não tem limite de participantes; em software livre, não chupa seus dados, imune a ataques.

Ah, e a pessoa não é obrigada a baixar o aplicativo para utilizar; pode usar a partir do navegador de internet mesmo: https://jitsi.org/.

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APLICATIVO DE MAPAS

Nada de ficar refém do Google Maps, que fica controlando aonde você vai, foi ou deixar de ir. A dica é o:

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São, reiteramos, ferramentas tão funcionais quanto às mais famosas. Elas só não têm grife, porque não pertencem às grandes corporações que dominam o mercado de internet, e que ficam nos impondo o que a gente deve ou não acessar.

É a mesma lógica dos medicamentos genéricos: o que importa não é o nome fantasia, sim a composição.

É isso: as tecnologias livres são genéricas às proprietárias. Têm a mesma composição, exercem a mesma função. Muda a embalagem, e não têm marca famoso. Em compensação, não têm os efeitos colaterais das corporações gigantes.


Imagem em destaque: interface do OpenStreetMap


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