Assistência garante produção sustentável de cacau na Amazônia

Orientação a agricultores familiares na Transamazônica, sobre diferentes tipos de poda, preserva espécies e garante maior rentabilidade.


Por Aline Miranda, da Emater-PA | De Medicilândia (PA)

Experiências do escritório local da Empresa da Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) em Medicilândia, na Transamazônica, no Pará, indicam que a poda cirúrgica de ramos na lavoura de cacau pode aumentar a produtividade em até 30%.

O objetivo é evitar a retirada de galhos e ramos quaisquer e fazer o corte estabelecido cientificamente daqueles não-produtivos, doentes ou praguejados. A poda correta protege a copa à intensidade dos raios solares, preservando a saúde das plantas.

O plantio de cacau é a principal atividade da agricultura familiar do município, com pelo menos 300 famílias atendidas de modo direto pela Emater e já aplicando as chamadas “poda de formação”, “poda de condução” e “poda de manutenção”, de acordo com o calendário científico, respeitando-se o período de chuvas.

“Isso considerando a realidade do nosso município e os projetos que desenvolvemos aqui. São dados empíricos”, ressalta o chefe do escritório local da Emater, o técnico em Agropecuária Sidevaldo de Jesus.

A prática é acessível para as finanças do agricultor, podendo ser executada com ferramentas típicas do dia a dia das propriedades (facão, serra, tesoura, canivete) e exige equipamentos de proteção programáveis para cooperativas, associações e até mesmo para aquisição individual: botas, luvas, óculos, entre outros.

ALTURA DESCONTROLADA

Sem a poda, o cacau plantado pode atingir até oito metros de altura (na natureza selvagem, alcança 20 metros, já que precisa disputar luz do sol com outras espécies).

A altura descontrolada é um entrave tanto para a colheita comercial, tanto para a distribuição nutricional da planta, para a qual, quanto mais concentração, melhor, em termos de produtividade.

“Quando a planta lança ramos em sua copa com alto poder de crescimento em busca de luz, os ramos não produzem frutos de modo satisfatório, consomem energia e nutrientes para a própria manutenção e causam desequilíbrio na arquitetura da copa do cacaueiro, deixando-o com baixa produtividade. Além disso, essa retirada reduz a incidência de pragas e doenças”, explica Sidevaldo de Jesus.

Conforme observa a Emater-PA, o desafio sobre a questão se mantém na capacitação contínua e no “descuido” em que os agricultores subsistem.

“Para o plantio de cacau, a poda é fundamental, disso não temos dúvida, nem os agricultores têm dúvida, porém, no município, muitos na lavoura são meeiros, estão apenas na colheita, e outros são sobrecarregados com os diversos compromissos na propriedade, então é um trabalho de gestão de propriedade, planejamento, em longo prazo”, diz Sidevaldo de Jesus.


Imagem em destaque: agricultores familiares e técnicos da Emater-PA. Foto: Ascom/Emater-PA


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