Mobilização pede novo modelo de rotulagem de alimentos

Mais espaço e letras maiores para informações nutricionais, além de indicações do grau de industrialização de comidas e bebidas, fazem parte da proposta. Você pode assinar petição em apoio

Por Wagner de Alcântara Aragão, com informações do Idec

O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) está com uma petição online (abaixo-assinado pela internet) para fazer com que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) implante mudanças nas regras de rotulagem de alimentos. Uma proposta de um novo modelo foi desenvolvida pelo próprio Idec, em parceria com pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR), e entregue em agosto à Anvisa.

A proposta sugere que se inclua um selo de advertência, na parte da frente da embalagem de alimentos processados e ultraprocessados (como sopas instantâneas, refrigerantes, biscoitos, etc.), que indica quando há excesso de açúcar, sódio, gorduras totais e saturadas, além da presença de adoçante e gordura trans em qualquer quantidade.


Para saber o que é excessivo, o Instituto recomenda que a indústria siga o modelo de perfil de nutrientes da Organização Panamericana da Saúde, de 2016, baseado nas recomendações da Organização Mundial da Saúde.

O Instituto faz parte do grupo criado pela Anvisa para revisar as atuais normas de rotulagem de alimentos no Brasil desde 2013. Nos últimos anos, tem realizado pesquisas e acompanhando experiências de aprimoramento da rotulagem nutricional em diferentes países.

SEM LUDIBRIAR A POPULAÇÃO

Além das advertências, os produtos processados e ultraprocessados não poderão apresentar informação que transmita a ideia de que o alimento é saudável, nem ter sua comunicação voltada ao público infantil.

Cereais matinais, por exemplo, não poderão ter imagens de personagens e desenhos conhecidos pelas crianças.

Já os alimentos in natura, ou seja, produtos minimamente processados e ingredientes culinários, não deverão ter nenhum tipo de advertência.

“O modelo apresentado pelo Idec busca oferecer informação clara, simples e compreensível sobre alimentos e bebidas, tendo em vista a dificuldade dos consumidores para entender os rótulos”, afirma a nutricionista do Instituto Ana Paula Bortoletto, o principal objetivo é ajudar os consumidores a fazerem escolhas alimentares mais saudáveis.


Segundo a nutricionista, o triângulo foi escolhido após uma análise técnica dos pesquisadores da UFPR dos modelos de advertência existentes no Chile e no Equador. O primeiro país apresenta um octágono preto, enquanto o outro adota sistema de rotulagem com semáforo nutricional.

“Temos evidências de que o modelo do Chile é o que melhor auxilia os consumidores a fazerem escolhas saudáveis, por isso nos inspiramos nele. Fizemos apenas algumas mudanças baseadas em evidências da área do design da informação“.

Bortoletto ainda ressalta que o símbolo apresenta algumas vantagens como o fato de ser uma forma que não perde a percepção em tamanho reduzido. Além disso, o triângulo já é conhecido como uma advertência no Brasil, devido a rotulagem de alimentos transgênicos, e a cor utilizada possui um melhor contraste e destaque em relação aos demais elementos da embalagem.

“O uso da cor preta com o fundo branco foi pensado para não confundir a população em relação às outras cores da embalagem e por ser um padrão conhecido para mensagens de alerta”, diz Bortoletto.

  • Acesse aqui a petição online em apoio à campanha do Idec e da UFPR
  • Conheça aqui a proposta de rotulagem de alimentos feita pelo Idec e UFPR

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