A literatura tem encontro no Pará

A 6ª Festa Literária Internacional do Xingu (Flix), em Altamira, e a  28ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes aproximam artistas, livreiros, editores e público leitor


Da Agência Pará | De Belém e Altamira (PA)

Dois eventos literários marcam a semana cultural do Pará.

São eles a  6ª Festa Literária Internacional do Xingu (Flix), em Altamira, e a  28ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes.

A Flix começou nesta quarta, dia 13, e segue até sábado, dia 16.

A Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes vem na sequência: vai de sábado, dia 16, até dia 22, quarta-feira.

Ambas têm entrada gratuita.

SOBRE A FLIX

A Flix deste ano, além de celebrar a cultura amazônica, tem foco especial no protagonismo feminino na literatura – e nas artes de um modo geral.

“Mulheres Amazônidas – Literaturas e outras margens poéticas” é o tema da feira.

O evento reúne escritoras, poetas, jornalistas, pesquisadoras e artistas de diferentes territórios da Amazônia, com destaque para a jornalista paraense Cristina Serra, que integra atualmente a equipe do site Metrópoles e do ICL Notícias.

A programação inclui contação de histórias, apresentações teatrais, shows musicais, corrida, sarau sobre as águas do rio Xingu, além de workshops, palestras, mesas-redondas e lançamentos de livros.

Clique aqui e saiba mais sobre a Flix 2025.

FEIRA PAN-AMAZÔNICA DO LIVRO E DAS MULTIVOZES

A 28ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes teve detalhes apresentados em coletiva de imprensa no último dia 4.

Sete eixos temáticos norteiam as atividades ao longo dos sete dias de Feira, destacando a pluralidade de saberes e vivências da Amazônia.

A abertura, no dia 16, será com as Vozes da Poética e da Encantaria, seguida pelas Vozes do Clima e COP30, Vozes da Diversidade e Inclusão, Vozes da Infância e Juventude, Vozes do Escritor Paraense, Vozes Cabanas e, no encerramento, Vozes dos Saberes Ancestrais.

ESTRUTURA

A 28ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes será realizada em uma área total de mais de 10 mil metros quadrados, no Hangar Convenções e Feiras.

No pavilhão de eventos, ocorrerá a comercialização de livros.

A programação cultural se dará na Arena Multivozes, que neste ano funcionará no Salão B. Além disso, a feira conta com praça de alimentação.

ESPAÇOS

Entre os espaços que já se consolidaram na programação estão o Ponto do Autor, o Beco do Artista e a Feira Criativa.

No Ponto do Autor, escritores do Pará realizam sessões de autógrafos e lançamentos de livros. No Beco do Artista, ilustradores, quadrinistas e artistas visuais comercializam suas obras. Já na Feira Criativa, empreendedores ligados à economia criativa apresentam seus produtos ao público.

NÚMEROS DA FEIRA

Nesta edição, participam 120 empresas, sendo 32 editoras, 40 livrarias e 48 distribuidoras.

O número de negócios do Pará também cresceu: serão 70 empresas locais, dez a mais do que na edição anterior.

Ao todo, serão montados 189 estandes de livros e nove voltados à gastronomia. Editoras universitárias como UFPA, Uepa, Unesp e a Associação Brasileira das Editoras Universitárias (Abeu) também estão confirmadas.

A expectativa é que a movimentação financeira ultrapasse os R$ 12 milhões em vendas e encomendas de livros.

A estimativa é de geração de aproximadamente duas mil vagas de empregos diretos e indiretos durante a montagem e os sete dias de programação.

HOMENAGEADOS

Mestre Damasceno e Wanda Monteiro serão os homenageados.

Nascido em 1954, na Comunidade Quilombola do Salvá, em Salvaterra, no arquipélago do Marajó, Damasceno é referência no carimbó, nas toadas e na poesia oral, é o criador do Búfalo-Bumbá de Salvaterra, manifestação junina que mescla teatro popular, cultura quilombola e elementos da natureza amazônica.

Damasceno é uma pessoa com deficiência visual desde os 19 anos e, em maio deste ano, foi agraciado com a Ordem do Mérito Cultural, a mais alta honraria concedida pelo Ministério da Cultura.

WANDA MONTEIRO

Também homenageada da 28ª, Wanda Monteiro participou da coletiva de apresentação do evento. Ela falou da sua satisfação de ter recebido o convite.

“Foi uma surpresa e um sentimento de muita gratidão, porque ser reconhecida dentro da nossa terra é muito difícil, e é uma alenquerense, uma cabocla do Baixo Amazonas, chegando para um evento na qualidade de homenageada. Isso para mim tem um valor, um significado. Uma pessoa do rio, uma ribeirinha que por acaso escreve, mas que tem outras lutas além da escrita”, disse, emocionada, Monteiro.

Filha do escritor Benedicto Monteiro, Wanda nasceu em 1958, em Alenquer, no oeste do Pará, e herdou do pai a veia literária e a atuação militante.

É autora de livros de poemas, contos, ensaios e romances, com obras publicadas em importantes revistas literárias do país. Também atua como advogada e pesquisadora da obra e do legado do pai.

Clique aqui e confira detalhes da 28ª Feira Pan-Americana do Livro e das Multivozes.


Imagem em destaque: Wanda Monteira, homenageada na 28ª Feira Pan-Americana do Livro e das Multivozes, na coletiva de apresentação do evento. Foto: Rodrigo Pinheiro/ Agência Pará



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