Foram distribuídas mais de 6,8 milhões de doses para a ação, que vai até 31 de outubro. Para adultos, Ministério da Saúde foca na imunização contra o sarampo
Por Amanda Milan, do Ministério da Saúde | De Brasília (DF)
Crianças e adolescentes de todo o país devem atualizar a sua caderneta de vacinação.
O Ministério da Saúde promove neste mês a Campanha Nacional de Multivacinação voltada para o público de até 15 anos de idade.
Mais de 6,8 milhões de doses foram distribuídas para a ação, realizada entre os dias 6 e 31.
Haverá um Dia D, marcado para o sábado 18 de outubro.
Nesta data, os postos de saúde ficarão abertos para proteger todas as famílias.
“Todos os dias são dias de vacinação nas Unidades Básicas de Saúde, mas o dia 18 de outubro será uma oportunidade estratégica para mobilizarmos, juntamente com estados e municípios, as localidades com maior concentração de crianças, garantindo que todas sejam protegidas durante o Dia D”, reforça o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
O ministro também alerta para a importância de manter a caderneta de vacinação atualizada e chamou atenção especial para a vacinação contra a covid-19, sobretudo entre o público idoso.
Além da divulgação das peças da campanha e mobilização nos estados e municípios, o Ministério da Saúde fará chamamento pelo Meu SUS Digital.
Serão enviados alertas a todos os usuários do aplicativo, com expectativa de chegar a 40 milhões de pessoas.
Quem ainda não tem o app, a ferramenta está disponível nas versões web e em aplicativo iOS e Android.
Para acessar o Meu SUS Digital, é necessário instalar o aplicativo no dispositivo móvel ou acessar pelo site. O login é realizado por meio da conta pessoal do Gov.br.
A Caderneta Digital de Saúde da Criança está disponível pelo aplicativo.
Pelo “Meu SUS Digital”, pais e responsáveis podem acompanhar a situação vacinal de crianças e adolescentes, com a previsão de próximas doses, receber e alertas e lembretes, além de atualizar informações em tempo real pela Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS). Desde o lançamento, em abril deste ano, já foram registrados 1,8 milhão de acessos.
VACINAS DISPONÍVEIS
Durante a campanha, todas as vacinas previstas no Calendário Nacional de Vacinação 2025 estarão disponíveis, incluindo imunizantes contra poliomielite e covid-19, contemplando os esquemas vacinais de crianças e adolescentes.
Entre as prioridades, estão o resgate de não vacinados contra HPV, febre amarela e sarampo.
Estão disponíveis as vacinas:
BCG
Hepatite B
Penta (DTP/Hib/HB)
Poliomielite inativada
Rotavírus
Pneumocócica 10 valente (conjugada)
Meningocócica C (conjugada) / Meningocócica ACWY (conjugada)
Influenza
Covid-19
Febre amarela
Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola)
Varicela
DTP
Hepatite A
HPV
A vacinação seguirá a estratégia de microplanejamento, que permite organizar ações de acordo com a realidade de cada território, identificando áreas de risco, locais com baixa adesão e espaços estratégicos para vacinação.
O Ministério da Saúde repassou R$ 150 milhões em apoio às gestões locais.
A campanha ocorre em um momento de atenção redobrada para a saúde pública. Embora o Brasil tenha eliminado doenças como poliomielite e sarampo, é fundamental manter altas coberturas vacinais para evitar que esses vírus voltem a circular.
SARAMPO: COM RISCO DE VOLTA DA DOENÇA, VACINA SERÁ OFERTADA TAMBÉM PARA ADULTOS
Durante a campanha, o Ministério da Saúde vai reforçar a vacinação contra o sarampo, diante da escalada de casos na América do Norte, que concentra 99% dos casos no continente, que somam 7 mil.
Toda a população de 12 meses a 59 anos poderá se vacinar contra a doença no país, reforçando a proteção e prevenindo a reintrodução da doença no Brasil.
As ações adotadas pelo Ministério da Saúde, em parceria com os estados e municípios, têm mantido o Brasil livre da circulação do sarampo.
Entre as preocupações estão as pessoas que viajam para o exterior, em países com elevado registro de casos, e quem vive em região de fronteira, principalmente com a Bolívia.
Em 2025, até o momento, foram confirmados 31 anos casos importados, quando a infecção ocorre fora do país.
CONTRA O HPV
Além disso, haverá resgate de não vacinados contra o HPV na faixa etária de 15 a 19 anos.
O Brasil avançou na vacinação contra o HPV, atingindo 82% de cobertura em em 2024 considerando meninas de 9 a 14 anos – é quase sete vezes maior que a média global de 12% divulgada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Entre os meninos da mesma faixa etária, a cobertura chegou a 67%.
A vacina, que protege contra diversos tipos de câncer — como colo do útero, ânus, pênis, garganta e pescoço — além de verrugas genitais, apresentou avanço expressivo: entre meninas, a cobertura passou de 78,42% em 2022 para 82,83% em 2024; já entre os meninos, saltou de 45,46% para 67,26%, representando crescimento de 22% em apenas dois anos.
FEBRE AMARELA EM SP, RJ, MG E PR
Nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná, o Ministério da Saúde recomenda a intensificação da vacinação contra a febre amarela, ofertando a atualização da situação vacinal de pessoas de 9 meses a 59 anos, conforme as diretrizes do PNI.
BRASIL VOLTA A AVANÇAR NA VACINAÇÃO
Desde 2023, o Ministério da Saúde tem promovido um esforço nacional de recuperação vacinal. Entre os principais progressos alcançados estão a elevação das coberturas de vacinas e a garantia do abastecimento de doses a estados e municípios.
Entre 2022 e 2024, o Brasil avançou na proteção de crianças menores de 2 anos.
A vacinação contra a pólio cresceu 17% no período, enquanto a da tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) aumentou quase 40%. A vacina Penta, que protege contra cinco doenças em uma só aplicação, também registrou crescimento expressivo, de 17%.
A cobertura vacinal contra o sarampo também aumentou: a aplicação da primeira dose da tríplice viral passou de 80,7% em 2022 para 95,7% em 2024. Já a segunda dose subiu de 57,6% em 2022 para 80,1% em 2024.
O Ministério da Saúde reforça que pais e responsáveis devem levar crianças e adolescentes às salas de vacina portando a caderneta de vacinação, documento essencial para a avaliação e atualização correta das doses.
Imagem em destaque: vacinação em São Paulo. Foto de Rovena Rosa/ Agência Brasil
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