Ministério da Saúde divulga recomendações à população e aos profissionais responsáveis por prestar atendimento médico; confira quais são as orientações
Por Camila Nunes e Juliana Soares, da Agência Saúde/ Ministério da Saúde | De Brasília (DF)
Com a ocorrência de casos de intoxicação por metanol, o Ministério da Saúde reforça a vigilância e quais as ações devem ser tomadas caso haja suspeita de consumo de bebida alcoólica adulterada.
O metanol é um álcool usado em solventes e outros produtos químicos, sendo extremamente perigoso quando ingerido.
Ele pode atacar o fígado, cérebro e o nervo óptico, levando a cegueira, coma e em casos extremos a morte.
PREVENÇÃO AO CONSUMO
Como medida de prevenção para quem frequenta festas, bares e eventos, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, orienta a população sobre cuidados essenciais.
“Como ministro da Saúde e médico, posso dizer que temos três regras em relação às bebidas alcoólicas: se beber, não dirija; se beber, mantenha-se hidratado e bem alimentado, pois isso reduz os impactos de uma bebida adulterada; e, se for beber, certifique-se da segurança da origem, verificando se o lacre está intacto.”
[Na dúvida, o ministro orienta para que se evite o consumo de bebidas destiladas]
Os principais sintomas devido à intoxicação por metanol podem aparecer entre 12h e 24h após a ingestão da substância.
Neste momento em que há uma alta nas notificações, é importante redobrar a atenção porque os sinais se associam aos de uma ressaca comum. São eles:
- Dor abdominal;
- Visão adulterada;
- Confusão mental;
- Náusea (enjoo, vontade de vomitar)
Diante desses sinais, o paciente deve procurar o atendimento médico no serviço de emergência mais próximo a sua casa para investigação, diagnóstico e tratamento adequado.
A orientação é que, ao chegar à unidade de saúde, a pessoa com sintomas informe que consumiu bebida alcoólica e em qual contexto.
O ideal é que o paciente relate, por exemplo, se esteve em uma festa antes de procurar atendimento no SUS, que tipo de bebida ingeriu, se haviam rótulos nas embalagens e qual foi o horário da ingestão.
ORIENTAÇÕES PARA OS PROFISSIONAIS
Ao reconhecer que o paciente foi intoxicado por metanol, o profissional de saúde deve ligar para o Centro de Informação e Assistência Toxicológica públicos (CIATox) de sua região para que o serviço de saúde faça a notificação e a investigação do caso.
Atualmente, existem 32 CIATox, em 19 estados brasileiros, com equipes multidisciplinares de médicos, enfermeiros e farmacêuticos, dentre outros.
Os centros funcionam em hospitais universitários, secretarias estaduais e municipais de saúde, fundações estaduais.
Para os casos confirmados de intoxicação por metanol, o antídoto recomendável é o etanol farmacêutico.
O produto é feito por laboratórios e farmácias de manipulação, em grau de pureza adequado para uso médico.
A administração, intravenosa ou oral, é sempre controlada.
Quando há necessidade clínica, os Centros de Informação e Assistência Toxicológica ou as secretarias de saúde solicitam a manipulação do produto.
Imagem em destaque: anúncio de ações estratégicas para tratar intoxicação por metanol. Foto: Walterson Rosa/ Ministério da Saúde
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