Construtoras estão destruindo construções com potencial valor arquitetônico, histórico e cultural, para erguer mais torres em um território urbana já adensado, e verticalizado
Por Wagner de Alcântara Aragão – waasantista.bsky.social | De Santos (SP)
Uma atual onda de derrubada de casas e até predinhos em Santos, para dar lugar a condomínios de alto padrão constituídos por arranha-céus, está sendo apurada pelo Ministério Público do Estado de São Paulo.
O objetivo é averiguar se as demolições estão atingindo imóveis de potencial valor arquitetônico, histórico e cultural, mesmo que por ora não estejam tombados ou contem com algum tipo de proteção.
Também, os impactos sociais, econômicos e urbanísticos, com o erguimento de elevadas torres em poucos pontos ainda horizontalizadas, inseridos no adensado território urbano da área insular do município.
As diligências serão conduzidas pela Promotoria de Justiça Cível de Santos, e baseia-se em notícia do fato (NF) registrada sob o número 2472.0000633/2025.
LISTA DE IMÓVEIS DERRUBADOS
A notícia, de autoria deste jornalista (na condição de cidadão, não de profissional de imprensa) cita pelo menos uma dezena de exemplos, nos bairros Macuco (Avenida Rodrigues Alves e Rua Santos Dumont), Gonzaga (Avenida Ana Costa, Rua Pasteur), Embaré (Rua Benjamin Constant), com imóveis já derrubados.
Adverte, ainda, para outras tantas casas e predinhos sob ameaça nesses e em outros bairros das zonas Intermediária, Leste e da Orla da cidade.
BASE DA NOTIFICAÇÃO
Além da observação direta em campo, a caixa se baseia em acervo de páginas na internet que destacam o patrimônio arquitetônico, cultural e histórico de Santos, o qual ainda resiste às investidas do mercado imobiliário, contudo sob iminente risco de se constituir no próximo alvo das derrubadas.
Entre esses ambientes digitais, está o Casas Antigas 013 (@casasantigas013).
Aliás, o perfil publicou nestes dias a foto de mais um casarão derrubado, situado na icônica Avenida Conselheiro Nébias – imagem essa que ilustra esta matéria.
“Com a investigação, o Ministério Público do Estado de São Paulo pode dar contribuição histórica à reversão do processo, danoso, noticiado. Mais do que responsabilizações, o que espera são ajustes de condutas, correções de rumo, para que se cessem os prejuízos, para que as perdas até que sejam mitigadas e, ao final, estejamos a colaborar para uma cidade mais saudável, sustentável, civilizada”, afirma trecho da notícia do fato enviada.
Imagem em destaque: casarão na Avenida Conselheiro Nébias, 457, bairro Encruzilhada, recentemente demolido. Foto: @casasantigas013
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