Campanha de agroecologia e educação alfabetiza mulheres zambianas

Turma de 200 estudantes foi formada em fevereiro. Objetivo é alcançar até 2 mil pessoas, das zonas rurais e centros urbanos


Por Brigada Internacionalista Samora Machel | De Lusaka (Zâmbia)

Uma campanha de alfabetização para mulheres: essa é uma das certezas que tivemos ao participar do processo de monitoramento e graduação das turmas na capital da Zâmbia, Lusaka, que foi finalizado em fevereiro, com um ato político oficial de graduação desta primeira fase.

Cerca de 200 estudantes alfabetizadas estiveram presente. Elas são as maiores contempladas com a campanha de alfabetização e agroecologia coordenada pela Brigada Internacionalista do MST [Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra] Samora Machel e pelo Partido Socialista da Zâmbia.

A atividade marca a finalização desta primeira etapa da Campanha na Província de Lusaka, mas que ao todo tem como objetivo alfabetizar 2 mil trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade na língua oficial do país, o inglês.

Afinal, a campanha não foi pensada exclusivamente para as mulheres. No entanto, são vários os fatores que atualmente a colocam nesse lugar de referência do acesso à educação para as mulheres zambianas.

FORMATURA HISTÓRICA

Para a líder Elizabeth Conceição, militante do MST e coordenadora da Brigada Internacionalista Samora Machel, o momento de formatura das turmas da campanha em Lusaka foi histórico e apontou a necessidade da continuidade em uma segunda fase neste ano de 2022.

Desde a sua concepção, a campanha tinha o desafio de alfabetizar mulheres zambianas.

Isso porque, das mais de 750 milhões de pessoas analfabetas no mundo, mais de 60% delas são mulheres. Na Zâmbia, segundo dados do Inquérito Demográfico e de Saúde de Zâmbia (ZDHS), as mulheres também ocupam o grupo com menor acesso a educação formal no país.

Apenas 10% das mulheres no país concluem o ensino médio ou superior, uma diferença de 7% em relação aos homens.

Na zona rural esse dado é um pouco maior, aumentando assim a disparidade que atrasa as mulheres em termos de progresso econômico e independência em relação aos homens.


Imagem em destaque: diplomação das alfabetizadas. Foto: Íris Pacheco/MST




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