A partir desta semana, o polêmico VAR estará presente em jogos da Copa do Brasil. Custo da operação será de R$ 50 mil por partida
Por Vladimir Platonw, repórter da Agência Brasil | Do Rio de Janeiro (RJ)
O polêmico árbitro de vídeo, que estreou na Copa do Mundo Rússia, entre críticas e elogios, será utilizado utilizado já nesta semana no futebol brasileiro. Conhecido pela sigla VAR (do inglês video assistant referee), o sistema será utilizado a partir das quartas de final da Copa do Brasil, em um total de 14 partidas.
O VAR será utilizado nos confrontos de ida e volta entre Grêmio x Flamengo, Corinthians x Chapecoense, Santos x Cruzeiro e Bahia x Palmeiras.
O custo de operação, segundo a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), será de R$ 50 mil por jogo, totalizando R$ 700 mil. Mas o valor total do investimento, incluindo treinamento de pessoal, só será divulgado ao final da competição.
O anúncio da estreia do VAR no futebol brasileiro foi feito nesta segunda-feira (dia 30), pelo coordenador do Árbitro de Vídeo no Brasil, Sérgio Corrêa, e o instrutor de arbitragem e criador do projeto, Manoel Serapião, na sede da entidade, na Barra da Tijuca.
ERROS
Serapião explicou que o objetivo é evitar erros claros da arbitragem, principalmente em lances que podem ser decisivos para o resultado da partida. Já foram capacitados 80 árbitros, sendo 32 habilitados, que não precisarão ser árbitros da Federação Internacional de Futebol (Fifa).
“Estamos contentes pelo benefício do VAR para o futebol, para evitar erros claros. A filosofia é o respeito ao telespectador. No caso da Copa do Brasil, vamos usar todas as câmeras usadas pela empresa de transmissão. Serão de 14 a 15 câmeras, dependendo da empresa, Globo ou Fox. Mas com sete câmeras, mais uma invertida, já cobrimos 95% do que ocorre em campo”, disse Serapião.
SITUAÇÕES DE USO
Segundo ele, o VAR será utilizado em toda situação de gol, como impedimentos, faltas ou mão na bola, pênaltis e cartão vermelho. Sobre o Brasileirão, ele disse que este ano não será possível utilizar o sistema, pela grande quantidade de partidas, geralmente 10 ao mesmo tempo.
Segundo Corrêa, o sistema dará mais confiança nas decisões, mas nunca terá de 100% de acerto.
“Afirmo, com maior tranquilidade, que teremos 14 jogos com 98,8% de acerto, contra 93% sem o VAR. Temos certeza que vamos atingir 98% a 99% de acerto, 1% não é possível”, disse Corrêa.
Ele frisou que o planejamento da CBF está pronto para qualquer competição, na medida em que os clubes quiserem. Na Copa do Brasil, o custo com o sistema será todo bancado pela entidade. O áudio entre os árbitros, segundo ele, não será disponibilizado automaticamente aos clubes, que terão de requisitar formalmente.
Imagem em destaque: Serapião e Corrêa (esquerda para a direita), no anúncio do uso do VAR na Copa do Brasil
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